O Dólmen é um monumento megalítico de carácter funerário, composto de câmara e corredor. É uma construção típica do Neolítico Final, encontrando-se entre os dez maiores da Península Ibérica e encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público.
É formado por dez esteios de grande espessura e altura. A câmara é encimada por um pequeno registo onde assenta um peculiar telhado, datado do século XVII/XVIII, consequência da fratura parcial do chapéu em data incerta.
Em Portugal, este tipo de obra é única, pois do dólmen nasceu a atual igreja matriz.
Do momento da sua cristianização em período incerto, até ao século XVII funcionou como capela e altar-mor.
Com a necessidade de ampliação do Templo assistimos à rotação do corpo principal / nave para a atual posição ficando o Dólmen a ser usado como capela lateral.
A Igreja, datada dos finais do século XV, é um raro exemplo de cristianização de um ancestral monumento megalítico. No seu interior sobressaem, pela sua antiguidade, a Pia Batismal e a Pia de Água Benta, ambas do século XVI de estilo ou linguagem manuelina de execução popular e os azulejos do século XVII.
Em meados do século XX sofreu profundas obras de remodelação, que lhe retiraram todos os elementos e recortes de linguagem barroca da fachada.
De salientar a presença de uma pequena imagem quatrocentista de Santa Maria Madalena, padroeira da freguesia, no nicho da fachada principal do Dólmen.
Ainda de destacar, a devoção dos moradores da localidade e lugares circunvizinhos pela Nossa Senhora do Rosário, uma das quatro imagens que a Igreja albergava nos inícios do século XVII, descrita por Frei Agostinho de Santa Maria, na obra Santuario Mariano, e historia das imagẽs milagrosas de Nossa Senhora.
GPS: 39.4182887,-8.903919