Fontanário construído em 1931, substituindo outro datado de 1864, demolido para restruturação da Praça do Comércio.
Peça de desenho elegante e dentro dos cânones Art Déco, onde se destacam cinco planos construídos em calcário da região, formando molduras, nas quais se inserem cinco painéis azulejares da fábrica Lusitânia de Lisboa, com cenas bucólicas de Rio Maior: as lavadeiras no Moinho do Canto, as Bocas de Rio Maior, as Salinas de Rio Maior, o Gato Preto e o caminho da Senta. A coroar este conjunto temos as Armas Nacionais, representadas pelo escudo com as cinco quinas encimadas por uma esfera armilar.
No ano de 2021, decorreram os trabalhos de requalificação da fonte e conjunto azulejar – elementos pétreos e cerâmicos. A intervenção de conservação e restauro realizada teve como principais objetivos a estabilização física e química dos materiais, bem como a devolução da leitura estética do conjunto. Para isso, foram traçadas metodologias coerentes com o código deontológico da conservação e restauro, respeitando ao máximo a autenticidade do original.
No que respeita às cantarias, foi aplicado o tratamento de controlo de ataque biológico (biocida), de forma a eliminar fungos, líquenes. Retiraram-se todos os materiais não originais originais, nomeadamente camadas de cal, tintas sintéticas e cimento industrial. Foram ainda recolocados os elementos pétreos em falta, colmatação de lacunas volumétricas e fecho de juntas.
A intervenção do conjunto azulejar incluiu o levantamento do mesmo, e tratamento em laboratório: remoção de sais solúveis, limpeza por via química e mecânica, colagem de fragmentos, reconstituição de lacunas volumétricas e reintegrações cromáticas.